O loteamento da “Cerca da Fonte” foi executado nos primeiros anos da década passada. A legislação que vigorava nessa época, já impunha diversas regras relativas ao urbanismo que não foram aplicadas.
As barreiras arquitectónicas surgem a cada passo, o mau estado dos pavimentos, a sujidade e o lixo nas ruas, a má qualidade do desenho urbano e os escassos acessos para viaturas de maior dimensão, tornam este loteamento verdadeiramente caricato.
A criação de acessos para os automóveis no interior dos lotes, criou também diversas rasteiras para o transeuntes devido às alterações que os proprietários fizeram nos passeios.
A necessidade de criar acessos para viaturas de bombeiros ditou o derrube parcial de uma obra vizinha de um confinante de modo a existir pelo menos um acesso a esta zona residencial, já que no outro acesso a estreiteza da rua Dr. Jaurés não permite a circulação de veículos de maior dimensão.
Este loteamento teve um grande impacto na zona da Rua da Fonte, por um lado possibilitou a criação de uma nova área de estacionamento automóvel, por outro mudou a compleição do extremo desta rua, nomeadamente na adjacência da rua da fonte.
Curioso, é o facto de num loteamento onde foram esquecidas as regras da acessibilidade e onde existem inúmeras barreiras arquitectónica, existir uma escadaria e uma rampa monumental para aceder à antiga fonte.
Ou seja, se em todo o percurso de acesso à fonte não são cumpridas as normas, para quê no final do percurso cumpri-las se qualquer pessoa com mobilidade condicionada dificilmente lá chega? Não Faz sentido!
Certo é que a antiga rua tinha maior encanto e enquadrava-se bastante melhor na urbanidade da nossa vila.
A actual configuração daquela zona, criou uma barreira física e visual entre a fonte e zona adjacente, gerando assim uma área marginal e mal cuidada! Alguém se lembra do antigo tanque com as lavadeiras e a torneira com água cristalina onde todos podiam beber?