29.8.09

Entre o luxo e o lixo das praias da região!

As praias do concelho de Odemira têm conquistado ao longo das duas últimas décadas uma posição de destaque entre as estancias balneares mais recomendáveis do país.
Não tanto pela dimensão das praias que em regras geral é escassa ou pelas condições disponíveis, mas sim pela singeleza dos povoados e das gentes, pela excelência paisagística da região, pela qualidade ambiental e pela distância a grandes centros urbanos que proporciona a qualquer turista umas férias sem stress.

As melhorias recentemente efectuadas a nível de acessibilidades, a criação de áreas de estacionamento e de sanitários públicos, bem como a atribuição da bandeira Azul ao longo dos anos a algumas praias do concelho, são atractivos indubitáveis.

As praias da região situam-se em pleno Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e a atribuição da bandeira Azul - um galardão que atesta a qualidade ambiental das praias, vem reforçar a ideia que o Alentejo Litoral ainda permanece impoluto!
Um pequeno luxo que qualquer turista ainda pode usufruir!

Contudo por detrás deste idílio estival, encontramos as exíguas praias da região saturadas de gente, que se atropela num stress alucinante, entre gritos, música & tambores, partidas de futebol e raquetes, corridas & jogging; surf, skimming & body board; lanches, bebidas e cigarros, muitos cigarros!

Este é aliás o panorama de quase todas as praias nacionais, e apesar de algumas estâncias concessionadas controlarem algumas destas maleitas, nomeadamente a limpeza da areia e a interdição das bolas em determinadas áreas os veraneantes continuam a impor a sua exclusiva vontade neste espaço comum!

As praias são assim um cinzeiro gigante, repleto de pontas de cigarro, bem como o lugar onde muitos deixam o lixo chegando até a enterrá-lo para não terem de o levar até ao caixote mais próximo.

Nas praias portuguesas onde é disponibilizado um cinzeiro reutilizável, continua a ver-se as pontas de cigarro a infestarem a areia! Interessante é também observar as manobras que muitos fazem para aliviar as necessidades, principalmente os que não entram na água e preferem esconder-se atrás da rocha ou aliviar-se na areia.

Seria assim recomendável uma campanha de sensibilização, que promovesse o respeito pelas praias e pelos indivíduos que as querem realmente usufruir! Seria também recomendável a criação de áreas para jogos e também para fumadores, onde fossem facultados cinzeiros.

4.8.09

A freguesia de São Teotónio contemplada entre as escolhas românticas da revista "Sábado"!

A edição n.º 273 de 23 de Julho da revista "Sábado", dedicou uma reportagem ao Alentejo, apresentando ao leitor um leque de escolhas românticas para desfrutar a dois.

Neste Alentejo intimista, o amor pode ser celebrado “num quarto decorado com pétalas e velas” em um “mergulho numa piscina privada” ou um “jantar no meio de uma lagoa e acabar a noite a ver estrelas, ao lado de uma fogueira, com um copo de vinho”.

O “Roteiro para o Alentejo romântico” é tão diversificado quanto os gostos de cada casal e euros disponíveis na carteira. No interior e no litoral são eleitos refúgios, montes de turismo rural, um hotel rural, restaurantes, praias e lugares idílicos para celebrar o amor!

Em São Teotónio, é proposto um fim de tarde na areia da belíssima praia da Amália no Brejão. Na reportagem a praia é descrita como “uma enseada protegida por rochas” sendo o percurso de acesso um caminho “entre as árvores e à beira de um ribeiro, que depois desagua numa queda de água directamente para o mar, é romântico”.

Bem perto de São Teotónio é ainda proposto outro local para namorar, a praia do Brejo Largo na Longueira, sem descrita como uma praia deserta e selvagem.

Fica mais uma vez o reparo à revista Sábado, que descreve os acessos para estes lugares somente para viajantes vindos do norte do país, quem vem do Algarve não tem direito a explicação.

Quanto ao nosso Alentejo litoral, resta-nos preservá-lo, porque o seu fascínio reside na intocabilidade que ainda subsiste!