27.10.08

A Devastação do Litoral - Republicação da postagem de 22.06.08





















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A recente publicação de um artigo no Jornal "Público" sobre as obras efectuadas na zona da Laginha na Zambujeira do Mar, levou-nos a reeditar a postagem publicada no passado mês de Junho. Embora tardia, a notícia do "Público" ajuda-nos a reflectir sobre a nossa região.
A obra continua a ser executada, perante os olhos de todos e ninguém se opõe!
Alguém se lembra das campanhas ocorridas no passado, nos tempos da "Paisagem Protegida", onde se procurava sensibilizar a população para a salvaguarda das dunas da região?!!! Hoje, o litoral da Zambujeira encontra-se inserido no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e... o que podemos esperar é isto! As fotos são explícitas!

Postagem de 22.06.08

O sector da construção é ainda um dos principais sustentáculos deste país. Os montantes que movimenta, o lucro e os postos de trabalho que gera, os materiais e as matérias-primas que consome têm ajudado o país a equilibrar-se em épocas de maior recessão.
Hoje, com a crise do início do milénio, e no meio da crise dos combustíveis, foi ultrapassada a febre da construção que caracterizou os anos 90. Julgava-se na altura que essa crise iria extinguir os “patos-bravos” e acabar com os maus projectos e com a descaracterização do território.
Um pouco por toda a parte começaram a surgir iniciativas que se aliavam ao conceito do grande projecto de requalificação urbana da zona ribeirinha de Lisboa no Parque das Naçoes, o "Programa Polis", o "Programa Urbcom", o "Programa Recria", e o país ía remendando a sua imagem aqui e ali. Contudo, no Parque das Nações, de dia para dia extingue-se a sua anterior qualidade urbanística, e as "maquilhagens" utilizadas pela obras de reabilitação dos centros das cidades, não podem camuflar o contínuo alastramento da construção desordenada.

Perversamente, o sector da construção, os seus intervenientes e responsáveis, marcaram inequivocamente a história do País. Portugal, é hoje um país mais pobre, vendido aos bancos, rendido às imobiliárias e ao sonho dos apartamentos T3, T4 ... TX ; das penthouses; dos lofts; das vivendas ou moradias; das casas de férias; da vista para o mar ou vista para o golfe.Porém, a betonização dos solos não pára! E se anteriormente havia algum pudor em construir em áreas de reserva ecológica e agrícola, hoje assume-se perante tudo e todos que as betoneiras não podem parar!

Os "Projecto PIN - Potencial Interesse Nacional", são um meio lícito, legitimado pelo governo de construir resort's em Áreas Protegidas/Reserva Ecológica e Agrícola.
Ora, como se sabe, a legislação turística permite a alienação de unidades de alojamento desses equipamentos hoteleiros, e a pluralidade de proprietários, o que significa que esses "PIN", não passam de um modo disfarçado de edificar urbanizações onde antes poucos conseguiam construir.
Na Zambujeira do Mar, nem é preciso desenvolver qualquer "PIN", nem contratar equipa de arquitectos qualificados, ali constrói-se o verdadeiro "Pato-Bravismo"!
Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina? PDM’S??? Planos de Ordenamentos da Orla Costeira??? Rede Natura 2000? Protali??? Plano Director Municipal de Odemira? ONDE??? AQUI???! NÃO!!!
Mas afinal.... Quem se responsabiliza por isto?

21 comentários:

Anónimo disse...

Esse projecto está muito bem localizado, deviam colocar outro numa plantaforma frente ao "Palheirão", aí seria ainda mais lindo, com uma máquina a dessalinizar a água do mar e vender esta para as regiões carênciadas deste líquido precioso, isto sim, daria uma mega "sobretaxa", e os agricultores do Concelho de Odemira já dormiriam descançados, não teriam de recorrer à banca para pagar "água, taxa e sobretaxa".
Theotónio

Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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Anónimo disse...

Ké istooo? censura? Tantos comentários apagados?

Anónimo disse...

Tal como no tempo dos grandes imperadores, senhores feudais, realeza absoluta e ultimamente nas grandes ditaduras assistimos ao grande poder do "Poder", o povo diz com muita razão: "manda quem pode obedece quem deve", não tenhamos ilusões, foi, é e será sempre assim, assim o li na história, assim o conheci em toda a minha longa vida e será até aos finais dos tempos.
É melhor gozarmos o dia a dia e quando tudo estiver destruído digamos em coro: Viva o "Poder" viva à destruíção do Mundo e para calarmos as consciêcias bebamos um bom medronho porque já não adienta fazer outra coisa.
Jonas

Anónimo disse...

Senhores Presidentes

Não sou homem de Igreja, mas tenho o maior dos respeitos pelo Dia de Finados e vou sempre ao cemitério visitar as sepulturas dos meus familiares e amigos.
Senhores Presidentes hoje fiquei indignado, a sepultura da D. Francisca Alves que deu o terreno para a Escola C+S, está negra como um carvão, por Deus esta senhora deveria ter sempre a campa limpa pela junta e ter lá uma lápide a lembrar o donativo que fez à povoação, sem ele e o facto do Senhor Padre Ximenes ter posto as instalações da Igreja ao serviço do Ministério da Educação não teríamos aqui a escola.
É justo que lembrem estes nomes reconhecidamente às gerações vindouras.
Theotónio

Anónimo disse...

O Senhor Theotónio
Se não existisse deveria ser inventado, muito bem a Junta limpar essa sepultura e com a Escola C*S homenagear a Senhora e o Senhor Padre Ximénes.
Já agora diga-me que fazem aqueles a quem a senhora e irmãs deixaram a fortuna?
Se alguém que nada me fosse me deixasse uma fortuna destas teria a sepultura sempre luzente.
Mariana

Anónimo disse...

D. Mariana
É bom que se transmitam estes exemplos às novas gerações e até o reconhecimento que as autoridades locais desmonstrem por estes actos altruítas pode levar mais pessoas a tomarem atitudes identicas, este o motivo porque falei no assunto, mas compreendo que os herdeiros também devem demonstrar reconhecimento.
Theotónio

Anónimo disse...

Enquanto existir o medo no nosso concelho, irão permanecer estes abusos contra o património natural.

Não sou contra a construção e muito menos contra o desenvolvimento das localidades. Apenas penso que esse desenvolvimento deverá ser feito de forma sustentada e integrado numa malha urbana que valorize a paisagem e vivência das populações locais.

A "casa" referida no jornal Público" é de facto um edifício de apartamentos com uma volumetria e desenho totalmente fora de contexto. O espaço de implantação deveria ter sido entregue a arquitecto em vez de engenheiro. Assim talvez e "na impossibilidade de recusar o projecto" tivessem saído linhas que defenissem uma arquitectura mais integrada com o local que é simplesmente divino. Talvez a arquitectura pudesse ter servido para fortalecer as ligações visuais entre a urbanidade e a paisagem.

O promotor, um Eng.º do concelho corrompe o próprio berço sendo um dos principais agentes de poluição urbanística no local que devería respeitar e proteger.

As entidades municipais deveriam salvaguardar estes espaços (urbanos) de forma a garantir uma arquitectura de qualidade que evolua para futuro património colectivo em vez de evoluir para um futuro plano qualquer de requalificação urbana que visa muitas das vezes a demolição destes elefantes brancos.

A falta de visão estratégica aliada a um lucro imediato (enchouriçar num pequeno espaço o maior número de apartamentos, entrega de projecto a engenheiro de forma a diminuir os custos desse projecto em deterimento de projecto de qualidade elaborado por quem de direito - ARQUITECTOS) visa a destruição daquilo que ainda podemos vender e valorizar - A NOSSA PAISAGEM.

Anónimo disse...

Deixem lá as pessoas trabalharem e ganharem o deles. Quando a natureza se extinguir vamos todos para Marte.

Anónimo disse...

Que maravilha viver em Marte e contemplar lá alto as beldades do Planeta Terra, o velho Theotónio entrava em delirio e ficava com os olhos em bico.
Jonas

Anónimo disse...

É Pá, os "Patos Bravos" em Marte a contemplar todo Planeta Terra, ficariam tarados a sonhar com todas essas riquezas que cá deixaram sem as poder levar, o melhor é deixá-los governar a vida e ser felizes.
Meu Caro Blogue e Público: "o que não se pode desmanchar ajuda-se a fazer."
Joana Reis

Anónimo disse...

D. Joana Reis
" O que não se pode desmanchar ajuda-se a fazer", quando não põe em risco o futuro da Humanidade, temos que agradecer aos nossos Bloguistas e ao Jornal Público a denúncia de casos que prejudicam o futuro das gerações vindouras.
Theotónio

Anónimo disse...

É pelo mundo estar cheio de pessoas como a D. Joana Reis que os nossos netos amanhã não terão qualidade de vida e hoje se morre cada vez com cancro e doenças pulmonares devido ao alimentos ingerimos e ao mau ar que respiramos.
Zé Manuel

Anónimo disse...

Caros Presidentes
Quando são arranjadas as ruas da maior freguesia em área do País?
No século vinte e cinco ou no "dia de S. Nunca à tarde"?
Tenham dó.
João de Morais

Anónimo disse...

Não batam mais nos desgraçadinhos, o País está sem patacos e os euros passeiam-se nos paraísos fiscais.
Rita

Anónimo disse...

Meus antepassados ensinaram-me amar a Pátria e a orgulhar-me deste torrão de terra que me viu nascer, por ela sinto o maior dos carinhos, lamento profundamente a falta de sentido Pátrio demonstrado por quem temos à frente do nosso Portugal as noticias da comunicação social, fazem-me sentir vergonha não de ser Português mas de certos portugueses indignos de Camões, Altos Infantes e tantos outros que dignificaram e elevaram o nome de Portugal.
Theotónio

Anónimo disse...

Caros Bloguistas
A net dá-nos a oportunidade de conhecer pessoas lindas sem saber se têm olhos verdes ou azuis é o caso do meu Querido Thomas, fiquei-lhe grata por ser pioneiro a mostrar virtualmente a minha querida Terra ao Mundo e ontem tinha um e-mail seu a dizer-me que tem o vosso endereço no Teotónio.Net, fiquei fascinada.
Só lhes posso dizer a seu respeito:
Este Alemão é um Senhor muito lindo.
Mirrósa

Anónimo disse...

Após deambular pelas ruas desertas de S.Teotónio sentei-me no banco da censura junto à residência paroquial, apareceu o Jonas ficamos a falar da crise, falamos do passado da nossa terra, e comentámos o artigo deste Blogue " S. Teotónio não Existe", não existe mesmo, não existe porquê?
Em minha opnião é porque faltou desde sempre o espirito de união, houve manobras de bastidores, inveja, a politica do "bota-abaixo", se fazes algo de bonito como não fui eu, faço tudo por tudo para destruir, tal como ontem S. Teotónio não existe graças à inveja.
Os estudiosos e pesquisadores da História das Mentalidades se fizessem um estudo ao que se passa nesta terra, concluíam que neste aspecto as mentalidades são as mesmas de há cem ou mais anos.
Theotónio

Anónimo disse...

Senhor Theotónio
Vim espreitar o Blogue li o seu comentário, dou-lhe toda a razão, "São Teotónio não existe" pelos motivos que aponta, lamento seja um Alemão a primeira pessoa a dar a conhecer S. Teotónio via Net e lamento porquê?
Por ver que os meus conterrâneos não amam o seu Torrão Natal como deviam.
Por este Alemão, de quem apenas sei chamar-se Thomas tenho as maiores das considerações e só posso dizer é um Homem muito lindo!
Mirrósa