11.10.08

O enterro das lojas antigas de São Teotónio

“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”, o tempo passa e São Teotónio transforma-se e adapta-se. Quem se lembra de antigas casas de comércio, que ainda há poucas décadas existiam?

O Casanova; as Donas Gasparinhas; as Meninas Manuelas; a D. Vitória d’alagoa; A mercearia e a sapataria Efigénio; a mercearia da menina Tomásia; o talho Rosa Ferreira ou a loja da D. Chica Barreiras? A casa de rendas da D. Bia Rodrigues ou as retrosarias da D. Jandira ou da D. Bia Nobre?

E a oliva ou a espingardaria do Sr. António Miguel que também era proprietário da oficina de consertos de bicicletas hoje explorada pelo Zé Carlos? Aí perto na rua de Odemira, havia também a Singer do Sr. Manuel João Martins cuja placa ainda se encontra afixada na parede. E mais acima já na rua Alexandre Herculano havia a mercearia da D. Maria Viana Bento e do Sr. Bento um pouco mais moderna.

Alguém recorda o barulho das máquinas na moagem, o cheiro a farinha e o pó branco que invadia a rua Alexandre Herculano? E as praças do peixe ali perto, a do Sr. José Maria Canelas na rua dos Carrasqueiros e a outra no Largo mais tarde explorada pelo Sr. Elvino?

Quem se lembra da abertura do restaurante no encalhe que pertenceu à D. Virgínia, tia da famosa actriz Delfina Cruz, onde as pessoas do campo ouviram rádio pela primeira vez?

Em São Teotónio havia diversas tabernas, como a do Tonicha, a do Sr. Serralheiro, a dos Paulinos ou do Sr. Baiona que deu lugar ao actual estabelecimento do Sr. Manuel Augusto. Existiu também uma taberna um pouco acima da antiga farmácia Lança, que pertenceu à Sr.ª Maria Viana e que explorava também uma loja de fazendas e venda de farinhas.
Mais tarde nesse local o Sr. Augusto da Casa do Povo abriu outra taberna vulgarmente chamada de tendinha. Lembramos ainda o Sr. Barreiros, que começou a trabalhar na taberna da Sr.ª Maria Viana e que posteriormente se estabeleceu um pouco abaixo por conta própria explorando uma taberna e uma mercearia.

Com o evoluir dos tempos as tabernas passam a ser menos procuradas, dando lugar aos cafés que se inauguram para uma clientela mais vasta e elitista. O Café Bolinhas é ainda hoje o testemunho desses tempos, foi inaugurado com o nome de Café Paraíso sendo o seu primeiro proprietário o Sr. José Maria Bilha.

Muitos desses estabelecimentos foram locais de reunião e de conversa, com clientela assídua, quase uma família, os balcões com vitrinas e balanças, os escaparates nas paredes repletos de mercadoria, o papel pardo e os atilhos para embrulho, os preços marcados a lápis em cartões, o cheiro característico que distinguia cada espaço e cada tipo de negócio, a mistura e disposição de artigos que contrariava qualquer norma da ASAE.

Neste verão a loja do Sr. António Augusto teve de mudar de sítio porque o prédio de gaveto será derrubado. A “casa do totoloto” encontra-se agora na mesma rua contudo noutro edifício. A mudança de local é apenas o prenúncio do fim de um negócio que foi iniciado pelo Sr. João Pedro da Costa.

Restam ainda algumas casas que se transformaram ao longo dos tempos como a loja do Sr. Chobita, mas a única que resiste incólume ao passar dos tempos é a velhinha loja dos Gaspares.

Embora o comércio de São Teotónio não tenha muito fulgor, surgem agora novos conceitos trazidos dos grandes centros urbanos como a Alisuper ou o Intermarché. A modernidade espreita a cada canto e hoje São Teotónio já não é a velha aldeia. Porém seria desejável que pensássemos e olhássemos para alguns autênticos “case studies” de outras regiões do país, onde aldeias em declínio demográfico foram adquiridas por investidores que as transformaram em aldeias turísticas, lugares ímpares e com potencial para atrair visitantes de todo o mundo.

Ora não sendo São Teotónio um grande centro urbano e existindo uma forte atractividade turística nesta região, devem os governantes continuar a permitir que se extinga este antigo património que caracteriza e identifica esta vila? Não seria agora a altura de finalmente começarmos a salvaguardar a nossa identidade, aquilo que nos demarca dos demais?

Hoje a vila seria mais rica se o arco da casa da praça na rua dos Carrasqueiros ainda existisse, se a sineta que chamava as pessoas para comprar o peixe ainda pudesse tocar, se a rua da fonte se mantivesse, se o poço da rua do castelo conservasse a compleição original, se as ruas antigas ainda fossem empedradas. Não é por acaso que os turistas visitam recorrentemente os centros históricos dos nossos povoados.

Quanto ao novo comércio, não poderá haver algum apoio e incentivo que permita aos comerciantes conservarem e restaurarem as antigas lojas, com o antigo mobiliário adaptado aos nossos dias, como aconteceu em tantos centros históricos deste país onde através do Programa Procom foram salvaguardadas e restauradas lojas seculares?

Entendamos que a modernidade pode e deve cruzar-se com a antiguidade!

23 comentários:

Anónimo disse...

Gostei muito do vosso artigo parabéns.
Não fui desses bons velhos tempos, devia ser linda a nossa aldeia.
Rosália

Anónimo disse...

São Teotónio terra com tabernas e taberneiros, velhos tempos. Casas com chão de terra batida, vinho a martelo e carrascão onde os pobres se aqueciam no inverno e cantavam umas modas para alegrar. Grandes desgraças que por lá passaram!

Muita miséria! Hoje os tempos são outros e as pingas também! Os lugares de decadência são diferentes, mas a natureza humana continua a mesma, uns a explorar a fraqueza e as misérias dos outros.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Com a morte da casa do Senhor António Augusto morrem também dezenas de ninhos de Andorinhas, que aí punham seus ovinhos e criavam seus filhos, uma coisa não morrerá na minha memória, a lembrança do fundador dessa casa o Senhor João Pedro da Costa, faziamos "contratos", ele ajudado pelos empregados ganhava-me sempre, porém pagava as amendoas no Domingo de Páscoa.
Recordo com saudade o Senhor Piegas a única pessoa que sempre me chamou "Maria", recordo com saudade todas as Senhoras que viveram nos últimos anos nessa casa, de onde guardo recordações óptimas de serões lindos em que não havia televisão o que unia mais os vizinhos e amigos pois dispunham de mais tempo para cultivar as amizades.
Mirrósa

Anónimo disse...

Tudo isto conheci no passado, as "tabernas" eram antros de bebedeiras e infelicidade, mas também nelas se cultivavam amizades e eram frequentadas por pessoas que bebiam um copo e conviviam com os amigos, eram centros de maus e bons negócios, sobretudo da venda de cortiça.
Embora não bebesse nas tabernas gostava muito de entrar na do "Tonicha" gente boa, uns velhos muito bons e o Duarte era um homem cinco estrelas.
Caros Bloguistas obrigado pelo vosso artigo fez-me recordar a minha infância.
Theotónio

Anónimo disse...

Sim meu caro "Anónimo" a miséria humana continua, as "tabernas" de chão de terra batida, tijoleira e cimento tais como havia aqui eram antros de miséria, hoje são os bares, os clubes e as discotecas, ainda hoje vi um caso horrivel: uma mãe e o homem com quem anda,a filha, e o namorado, quatro seres destruídos pela droga, a mãe podia ser uma senhora respeitada, pois era alguém inteligente, culta,com um curso para salvar a humanidade, as tabernas actuais destruiram-na, quando veio morar para cá era linda, hoje é um farrapo.
Meu amigo em todas as épocas houve fortunas feitas à custa das maiores desgraças.
Jonas

Anónimo disse...

Tanto saudosismo para quê?
Fui entregar o Euromilhões à nova loja do Senhor António Augusto está linda, perdeu o aspecto deprimente da anterior, as estantes ganharam vida, uma coisa gostei e demonstra ser este Senhor um Homem de grande carácter, pois mantém a velha placa que diz: "João Pedro da Costa".
Muitas pessoas que entram neste local deveriam aprender esta lição de grande amizade...
Maria Rosa

Anónimo disse...

D. Maria Rosa

Conheci o Senhor António Augusto em bebé, acompanhei de perto toda a sua vida foi sempre um Homem com H grande embora muito sofrido.
Theotónio

Anónimo disse...

Queria antes de mais dar os parabéns a quem teve a excelente iniciativa de criar um blog de São Teotónio. Há 7 anos, para poder seguir a vida académica, troquei a "nossa aldeia" pela capital e confesso que só desde aí começei a dar verdadeiro valor à nossa terra. Actualmente, por razões profissionais, já não vou com tanta frequência como gostava mas sempre que aí vou encontro alguma coisa diferente. Ainda me lembro de estar um monte no local onde é agora a farmácia e existir lá uma pocilga, de haver um stand de carros onde é agora o Alisuper, da antiga praça, do espaço da sociedade (que felizmente está a ser recuperado)... A nossa terra tem vindo a mudar o que é muito positivo mas devemos sempre preservar a nossa história, as tradições. Já se falou por aqui dos "berços de ouro", berços todos tivemos, sejam eles de ouro ou de madeira, por acaso o meu era de ferro, e não foi por isso que fui menos bem tratado, muito pelo contrario. Para terminar apenas dizer que tudo o que sou, reconheço com humildade, devo-o a toda essa gente de São Teótonio que me deu o prazer de partilhar os seu ensinamentos comigo.
Um grande abraço a todos os são teotonienses que provam que "São Teotónio nã drome!"

João Custódio

MNEMONIC@ disse...

Olá M.ª Rosa,

Lamentamos que a postagem tenha esse timbre saudosista! Quando a publicámos pretendemos apenas falar uma pouco da passado recente do comércio de São Teotónio e alertar para a preservação da nossa identidade, que passa seguramente pela salvaguarda dos valores culturais e patrimoniais.

A loja do Sr. António Augusto poderá ser menos deprimente, mas julgamos que estaria melhor com o mobiliário da loja antida restaurado e readaptado, enfim!

Assim a dita placa estaria absolutamente contextualizada!

Agradecemos o seu comentário, até breve!

MNEMONIC@ disse...

Olá João, agradecemos a sua visita e o seu comentário. As gerações que nos antecederam foram "obrigadas" a partir em busca de melhores condições, tudo o que vinha de "fora" é que era considerado "bom"! Já é tempo de valorizarmos a nossa terra e de acreditarmos que a podemos melhorar! É um longo processo que poderá contribuir para que a novas gerações possam ter o futuro garantido na sua própria terra!

Anónimo disse...

Caro João
Sou um pobre velho, gosto de visitar o blogue e gosto muito deste torrão de terra onde nasci fiquei muito feliz com o seu comentário, fiquei feliz por encontrar uma pessoa com uns tão elevados sentimentos.
Theotónio

Anónimo disse...

Senhor João

Obrigada pelas suas palavras, São Teotónio é muitas vezes mal amado pelos filhos que partem em busca duma vida melhor, ou nas asas da aventura de sonhos irrealizáveis e quando esses mesmos sonhos se desfazem acabam por dizer: a culpa é da terra onde nasci.
Meu caro São Teotónio é uma grande terra, embora maltratada tem singrado é bem digno da frase" S. Teotónio nã drome" e é porque tem por patronos a Nossa Senhora do Rosário e um grande "Santo" que a têm abençoado e hão-de continuá-lo a fazer até ao final dos tempos.
Não fora essa força divina ainda estariamos na idade da pedra, pois como dizem os nossos queridos Bloguistas " S. Teotónio não Existe"
Seja feliz e continue sempre a amar, a fazer justiça ao nosso querido "berço" ele é mais precioso do que o ouro.
Mirrósa

Anónimo disse...

Boa noite,
a "discussão" por aqui já vai longa! Antes de mais dizer que não me tratem por senhor tendo em conta os meus modestos 25 anos e em seguida dizer que não podemos ser injustos com a nossa terra! Sem dúvida que muita coisa poderá ser mudada mas sem dúvida alguma dizer que muito se mudou! Da minha última visita aí que vi ruas arranjadas, casas recuperadas incluindo a própria sociedade recreativa... É muito importante que tenhamos uma opinião construtiva acerca do que está mal, mas devemos também ter presente a importância de tentarmos por nós próprios mudar alguma coisa. Quantos dos que criticam o estado da vila já tentaram efectivamente mudar alguma coisa do que consideram estar mal por si próprios? sabemos falar mal mas não sabemos fazer bem! FAZER; AGIR! Creio que seria importante reflectir sobre este aspecto.

João Custódio

Anónimo disse...

Caro Jõao
Sou o velho,o mais velho que visita este blogue, conheci muitas coisas boas e más nesta nossa terra, conheci a fundação do Sindicato Agrícola que daria mais tarde origem á Caixa de Crédito Agrícola, conheci os que nela trabalharam gratuítamente, conheci a fundação da Sociedade e a sua respectiva banda bem como a sua destruição, conheci todos esses Homens a quem ninguém até hoje prestou a devida homenagem e trabalharam para o desenvolvimento da nossa terra sem desejos de honras.
Conheci a farmácia Piçarra que daria lugar à Farmácia Lança.
Conheci a fundação da Escola C+S, lamento não tenha o nome de quem deu o terreno a Senhora D. Francisca Alves de Carvalho e lhe tenham dado o nome de alguém que nem é de S. Teotónio, tal como lamento não haja o nome duma Rua com o nome do R.do Padre Ximénes.
Mas meu caro sinto-me feliz porque a minha terra tem um filho com o sua formação.
Theotónio

Anónimo disse...

Theotónio
Andei por aí a divagar ao chegar a casa vim espreitar as novidades do blogue, vi o teu comentário duas coisas não disseste ao jovem João de certeza não sabe, lembras-te do Zé C?
Lembras-te há dias sentados num dos bancos da censura comparamos a comunicação social com ele, esta parece que deseja todos morram, fique ela sómente para noticiar a morte do mundo inteiro, o Zé C dizia em casos de catástrofes: "deviam morrer todos para eu ficar sózinho com a minha mula a fazer o meu negócio".
Brinquei com caso que conheci há muitos anos, agora a sério, as comerciantes de S. Teotónio merecem todo o meu respeito, eram todas mulheres muito espertas,a menina Tomásia era uma munher muito organizada e simpática, a D. Maria Viana era a mais esperta das irmãs como dizia a D. Vitória d'Alagoa, esta era espertíssima quando do 25 de Abril os preços começaram a subir disse-lhe as minhas preocupações respondeu: "ó homem na subida todos se aguentam o pior é na descida", a D. Maria Joaquina das Manuelas era muito beata mas muito inteligente e a D. Judite?
Uma mulher que quando Portugal aderiu ao Euro tinha noventa anos e não se atrapalhou com os trocos, grande mulher.
Já estou como diz a canção: " eu ouvi um passarinho às quatro da madrugada", ele cantava à amada e eu prestei homenagem às comerciantes antigas
Jonas

Anónimo disse...

Boa noite,
histórias como as que têm vindo aqui a ser contadas só têm vindo provar que ssomo uma terra de rica gente, de grande sapiência. Já estaria na altura de alguém com tanto conhecimento pensar em escrever um livro sobre a gente que ajudou a construir a nossa terra. Fica aqui o desafio...

João Custódio

Anónimo disse...

Caro João
O mal da nossa Terra é a inveja e muito do nosso património ter desaparecido com o terramoto de 1755, a Igreja foi destruída, em 1936 morreu o último Reitor da nossa Paróquia estivemos vinte e cinco anos sem pároco, recordo embora miúda, as senhoras que mantiveram acesa a chama da fé, ficaram muito indignadas porque veio cá alguém de Beja relacionado com um departamento estatal e levou duas imagens antigas para um museu.
A Capela do S. Miguel desapareceu, há bem pouco umas máquinas destruíram algo talvez muito importante que se Deus quizer será falado na altura própria.
E quantas coisas mais foram destruídas?
O terramoto de 1969 abriu uma fenda numa casa onde estavam umas peças de barro romano.
Já viu o site WWW.saoteotonio.net?
Este blogue tem a direcção certa tem informações interessantes sobre a nossa terra.
Mirrósa

Anónimo disse...

Esta noite passei no Encalhe com um amigo, recordamos a tão contestada Virginia que veio para aí establecer-se, primeiro na Rua dos carrasqueiros e mais tarde no Encalhe, foi o primeiro café a ter rádio, numa altura em que raras pessoas o tinham, um dia estava lá a almoçar com uns amigos, entra uma senhora do campo fica estasiada a ouvir Amália, a meio da canção foi chamar uma amiga, quando esta chegou já o locutor anunciava outro artista, então a senhora com uma cara muito desiludida disse:
Cante D.Amália cante agente não somos pessoas de cerimónia,
Jonas

Anónimo disse...

As palavras do Dr. Durão Barroso sobre a sua preocupação com a descida dos preços confirmam a afirmação que me me fez a D. Vitória d'Alagoa nos finais da década de setenta: "na subida todos se aguentam, na descida é mais dificil" os governantes da ecónomia deviam dar ouvidos a pessoas sábias embora humildes e aos seus ditados: "não estendas a perna mais do que o lençol.- Poupa com os dentes para comeres com as gengivas.- Quem não poupa água, nem lenha não poupa outra coisa que tenha."
Jonas

Anónimo disse...

Esqueceram-se do Matinhos a vender sutians e cuecas!

Paula disse...

Olá! que bom visitar este espaço que tanto fala do que me é familiar... nasci em S. Teotónio, na Rua do Sobreirinho :) a minha mãe trabalhou em miúda na "Casa do totoloto" como a designas, porém nesse tempo era a "Loja do Sr. Piegas" e mesmo após tantos anos recordo que durante muito tempo se manteve com traços que a minha memória ainda conserva.... Tenho pena que vá ser derrubada :( Irei à "aldeia" em Fevereiro, na data de aniversário da minha avó (se fosse viva) espero, como sempre, ir beber a bica ao Café do Bolinhas. (Uma ida à terra sem o visitar, é inconcebível!) Nasci aí, e embora mt pequena tenha vindo para a cidade... é daí que conservo as melhores memórias... povoadas de cheiros, sabores e cores! Ah! e também de "amores"! Peço desculpa por o comentário tão longo... mas, ver aqui a minha terra, deixa-me a saudade apertar.. e sentir que embora aí goste de voltar, faz-me falta a casa da minha avó e o seu abraço e, tudo ...tudo...
Obrigada!
Paula Isabel

Hipnos disse...

Cara Paula Isabel,

Agradecemos o seu comentário. Realmente a loja do Totoloto era a loja do Sr. Piegas e antes pertenceu ao Sr. João da Costa. A placa esmaltada com o nome deste último senhor ainda existe na actual loja do filho do sr. Piegas.

São Teotónio é um lugar muito especial, quando puder regresse!

Tudo de bom para si!