15.11.09

A saúde em Odemira

A escassez de serviços na área da saúde no concelho de Odemira tem comprometido ao longo dos anos a qualidade de vida da população residente. Por outro lado, a distância entre as localidades da região e os hospitais de Beja e de Santiago do Cacém, gera uma permanenete sensação de insegurança entre os odemirenses.

Nos últimos tempos, têm sido implementadas medidas com o objectivo de minorar esta situação, não passam porém de soluções acessórias, que não resolvem o problema fulcral - a ausência de uma unidade de saúde de cariz hospitalar.
Embora as medidas economicistas e de qualificação do Sistema Nacional de Saúde promovam a centralização dos serviços hospitalares em macro unidades na adjacência de grandes aglomerados populacionais, a adequação às dinâmicas territoriais do país devia ser entendida como um principio fundamental para a optimização da saúde em Portugal, permitindo assim a instalação de unidades hospitalares em concelhos ou regiões periféricas, cujas populações não beneficiam da proximidade de serviços de urgência e de saúde em geral.

Em Odemira a situação aguadiza-se no verão, quando a população residente aumenta exponencialmente junto à faixa costeira. A ausência de médicos, a parca qualidade das instalações dos Centros de Saúde, a ineficiência dos serviços e o tipo de atendimento prestado por alguns profissionais, perante uma população ainda mal informada e pouco escolarizada, ditam a ocorrência de situações gritantes, geralmente nunca denunciadas por falta de conhecimento, medo e acomodação das populações.

No verão o Ministério da Saúde anunciou a contratação de cerca de 44 médicos originários da ilha de Cuba para colmatarem a insuficiência de profissionais de saúde em algumas regiões. Em Odemira terão sido colocados 5 médicos, já que nesta área cerca de 8 mil utentes não tinham acesso a médico de família.

Em São Teotónio, enquanto a obra do novo Centro de Saúde avança, foram colocados 2 médicos cubanos ao serviço da população. A maioria dos utentes congratula-se com a vinda destes profissionais, espera-se no entanto que ao contrário daquilo que foi noticiado na comunicação social, os médicos cubanos tenham um salário, um horário de trabalho, assim como outros deveres, direitos e regalias semelhantes aos seus colegas portugueses!

5 comentários:

Anónimo disse...

Havia 5 anos que andava sempre com problemas por não ter médico de familia.Graças a Deus agora já tenho.E tenho a dizer que os médicos cubanos que cá estão, são atenciosos,preocupados e não andam à pressa.Só passam a receita depois de ver bem o doente, e não quando se entra à porta.
Espero que não se estraguem.
Bem vindos.Espero que lhes deem o valor e consideração que merecem

Anónimo disse...

No primeiro dia em que os médicos cubanos deram consulta, estive no Centro de Saúde, tanto a DrªTania como o Dr. Pedro davam consulta na mesma sala, por este motivo tive possibilidade de assistir à maneira atenciosa como tratavam os doentes, embora o caso que me levou a esta unidade de saúde não fosse por mim sai de lá encantada, com esses dois médicos e com o Dr. José Carlos e posso dizer aqui neste site que fala da minha querida Terra, estou muito grata à Drª Tania, ao Dr. José Carlos, à D. Irene e à D. Tilinha pelo carinho que depuseram neste caso tão trágico e complicado.
"Fica perfume nas mãos de quem dá rosas, as mãos destes quatro senhores estão perfumadas pelo perfume da genorosidade...
Um bem-haja a todos.
Mirrósa

Anónimo disse...

Antes do Vinte e Cinco tinhamos o Hospital de Odemira, onde um grupo de médicos dedicados como os Ex.mos Drs. Clarinha, Agudo, Fortunato, Garcia, Jaurés etc, apoiados por um grupo de enfermeias chefiadoa pela D.Judite salvaram muitas vidas, lamentávelmente destruiram-no, finalmente deram uma óptima utilização a esse espaço, é pena doentes do maior Concelho do País e dum Concelho que no Verão recebe milhares de túristas terem que se desloca deslocar a Santiago do Cacém e a Beja é lamentável!

Anónimo disse...

Ainda lembram estes grandes homens do nosso Concelho, conheci-os a todos conheci grandes médicos que passaram por S.Teotónio, Dr. Costa, Dr. Lopes Barbosa, Dr.Sarmento, Dr.Figueredo, por último o Dr. Jaúres o qual jamais esquecerei não só como médico exemplar e Homem extraordinário mas também como pessoa sensível, houve uma fase da minha vida muito problemática e no dia catorze de Abril de 1960 estava um pouco mais descontraído encontrei-o olhou-me e disse:
Theotónio fico feliz por estar com aspecto mais aliviado, Deus o faça muito feliz merece-o a sua vida não tem sido nada fácil...
Homens como estes apesar do trabalho viam as pessoas, hoje muitas vezes nem bons-dias dão.
Theotónio.

Anónimo disse...

Theo esqueceste o Dr. Pinheiro um namoradeiro incorrígivel e o Dr Valle este com dois miúdos muito traquinas...Belos tempos, nós já vivemos demais, deviamos escrever a História da nossa terra.
É pá e dava uma linda novela.
Jonas