16.3.09

Universidade Sénior em Odemira

A tomada de posse da comissão "Pró-Universidade Sénior de Odemira" no passado dia 11 de Março, marca o início de uma nova etapa no projecto de instauração da Universidade Sénior no nosso concelho.


À semelhança de diversas cidades, vilas e sedes de concelho, Odemira prepara-se agora para vir a acolher uma universidade sénior, estando a sua abertura planeada para o próximo ano. Nesta fase, a comissão de instalação tem entre os objectivos definir o modelo organizacional e pedagógico.

Entre os apoios recebidos pela "Fundação Odemira", impulsionadora deste projecto, destaca-se o contributo da "Santa Casa da Misericórdia".
Imagem Extraída do Banco de Imagens do "Google".

6.3.09

São Teotónio – a melhor terra do mundo para a produção de frutos vermelhos e diversos legumes!

Na edição do passado dia 28 de Fevereiro o “Semanário Expresso” dedicou uma reportagem no caderno de economia à agricultura praticada na Costa Vicentina. Na reportagem intitulada “Costa Alentejana é a melhor terra do mundo para produzir morangos, alfaces ou cenouras são publicados testemunhos de agricultores estrangeiros e do Sr. Presidente da Câmara António Camilo que descrevem as virtuosidades das terras da região.

O clima e as condições naturais do solo colocam o litoral alentejano no pódio mundial das regiões com maior apetência e maiores índices de produtividade e qualidade na produção de frutos vermelhos e inúmeros legumes. Esta é a única região da Europa onde é possível produzir frutos vermelhos durante todo o ano.

Não fosse a penúria da rede viária e as restrições impostas pelo Plano Director Municipal e pela regulamentação do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina relativas à edificabilidade e que limitam a construção de edifícios, apoios agrícolas e albergues para os trabalhadores estrangeiros e esta zona seria um verdadeiro oásis para a “indústria da agricultura Intensiva”.

Fundamentada nos testemunhos dos entrevistados, a reportagem do "Semanário Expresso" transmite a ideia que a agricultura praticada na região tem um cariz quase biológico, devido às regras impostas pelo Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.

Todavia, quem percorre estas explorações pode com legitimidade se questionar acerca das metodologias usadas nestas explorações e se estas se enquadram nas práticas recomendadas pelas políticas ambientais.

A agricultura e a exploração animal são as actividades mais poluentes e quando em pleno Parque Natural se observa a contínua azáfama de máquinas, tractores e camiões a operarem em centenas de hectares usados em exploração extensiva e intensiva de monoculturas, cobertos com plásticos e estufas e tratados com fertilizantes, químicos, aditivos etc. surge a dúvida!

Sabe-se à partida que este modelo de exploração não é compatível com o equilíbrio ambiental nem com os ecossistemas locais e não existindo um guarda em cada exploração será que os produtos usados não estarão a envenenar os solos e os níveis freáticos?

E por fim outra questão igualmente pertinente, fala-se da agricultura na Costa Vicentina, constata-se através do mapa anexado à reportagem que a maioria das explorações agrícolas se situa na freguesia de São Teotónio e não existe qualquer menção à sede da freguesia? Até no mapa apresentado nome “São Teotónio” foi eliminado! Enfim… como já aqui foi afirmado São Teotónio não existe!

Imagens extraídas do "Semanário Expresso" de 28 de Fevereiro de 2009.