1.4.09

A demolição do prédio do totoloto

Há muito que era esperada a demolição do gaveto do totoloto e no último fim-de-semana de Março o prédio foi mesmo abaixo.

Os trabalhos iniciaram-se na tarde de sábado, após o encerramento dos estabelecimentos comerciais e abrangeram o antigo gaveto e outro edifício adjacente.

A pressa era visível e no final do dia restavam apenas os destroços. No domingo os trabalhos iniciaram-se logo pela manhã e mais uma vez o trânsito foi cortado nas ruas circundantes.

Ao que parece ninguém se incomodou com o ruído nem com as benesses previstas na lei para quem gosta de dormir nas manhãs de domingo, facto que contribuiu para a finalização dos trabalhos pesados antes da reabertura do comércio na segunda-feira.

Houve porém algum desleixo nas questões de segurança, na noite de sábado no local da obra, os destroços amontoavam-se e não havia qualquer tapume ou protecção que impedisse o acesso de estranhos.

Espera-se agora que o futuro edifício de gaveto venha dignificar a memória do velho prédio e se possível que o projecto contemple o célebre poial onde muitos homens da nossa terra gostavam de se sentar e conversar, pois... há tradições que não devem ser perdidas!

3 comentários:

Anónimo disse...

Hoje, ao regressar duma viagem que fiz apanhei um choque muito grande quando vi o prédio do "Totoloto" demolido e como sou tão velho como o mundo frente ao local onde estava implantado puz-me a reviver alguns factos passados naquela casa que fizeram as minhas delícias de rapaz,recordei as respeitáveis senhoras quando iam à Igreja, a figura simpática do Senhor João Pedro da Costa fundador daquela loja, o seu sucessor Senhor Augusto Piegas, o Manuel Águas, Augusto Maria, António Paulino, Lisete o António Augusto que vi nascer e conheço toda a sua história desde esse dia até hoje, homem por quem nutro a maior das considerações.
Recordei médicos que passaram por aqui e todos lá iam conversar com o dono da casa, empregados tais como: Dr.Costa, Dr Lopes Barbosa, Dr. Sarmento, Dr.Vale, Dr. Figueredo, Dr. Jaurés, estes grandes senhores iam à loja falar, faziam dela uma tertúlia.
Recordo com saudade o Jornal o Século, o Modas e Bordados, tantas coisas mais que se perderam na voragem dos tempos e que a demolição me fez reviver.
Theotónio

Anónimo disse...

A cave da taberna é que está muito bem feita, sim senhor! Será que nunca ninguém fiscalizou aquilo???

Anónimo disse...

Aquela casa também marcou a minha infância, recordo com muita saudade os meus contratos feitos com o Senhor João Pedro da Costa, os quais graças à ajuda dos empregados perdia todos os anos, mas as amêndoas eram-me sempre pagas como se os tivesse ganho.
Jonas