7.1.10

O Loteamento da "Cerca da Fonte"

O loteamento da “Cerca da Fonte” foi executado nos primeiros anos da década passada. A legislação que vigorava nessa época, já impunha diversas regras relativas ao urbanismo que não foram aplicadas.

As barreiras arquitectónicas surgem a cada passo, o mau estado dos pavimentos, a sujidade e o lixo nas ruas, a má qualidade do desenho urbano e os escassos acessos para viaturas de maior dimensão, tornam este loteamento verdadeiramente caricato.

A criação de acessos para os automóveis no interior dos lotes, criou também diversas rasteiras para o transeuntes devido às alterações que os proprietários fizeram nos passeios.
A necessidade de criar acessos para viaturas de bombeiros ditou o derrube parcial de uma obra vizinha de um confinante de modo a existir pelo menos um acesso a esta zona residencial, já que no outro acesso a estreiteza da rua Dr. Jaurés não permite a circulação de veículos de maior dimensão.

Este loteamento teve um grande impacto na zona da Rua da Fonte, por um lado possibilitou a criação de uma nova área de estacionamento automóvel, por outro mudou a compleição do extremo desta rua, nomeadamente na adjacência da rua da fonte.

Curioso, é o facto de num loteamento onde foram esquecidas as regras da acessibilidade e onde existem inúmeras barreiras arquitectónica, existir uma escadaria e uma rampa monumental para aceder à antiga fonte.

Ou seja, se em todo o percurso de acesso à fonte não são cumpridas as normas, para quê no final do percurso cumpri-las se qualquer pessoa com mobilidade condicionada dificilmente lá chega? Não Faz sentido!


Certo é que a antiga rua tinha maior encanto e enquadrava-se bastante melhor na urbanidade da nossa vila.

A actual configuração daquela zona, criou uma barreira física e visual entre a fonte e zona adjacente, gerando assim uma área marginal e mal cuidada! Alguém se lembra do antigo tanque com as lavadeiras e a torneira com água cristalina onde todos podiam beber?

16 comentários:

Anónimo disse...

Por falar na "fonte"...
Nas festas dos santos populares, fui comomeu marido dar umpasseio á fonte. Meu Deus, ía caindo para o lado! Então não é que não havia uma luz sequer? Mesmo assim fomos lá abaixo...
Que horror, tanta porcaria,tanta malcriadice nas paredes, tanto lixo que pensei estar na lixeira da Câmara.Fui a medo até á "Fonte" e qual não é o meu quando li que não se podia beber água. Pergunto: para quê obaile na fonte? Para verem a porcaria? Ó Senhor Presidente não goze connosco!...
Que vergonha! O que dirão os turistas.E ainda se admiram das festas já não serem o que eram! Em S.Teotónio viva a porcaria e a mediocridade.Viva o Senhor António Guerreiro que lá vai com um pau desentupir o buraco (que já lá o vi) para a água correr do tanque.Pobres de nós...

Anónimo disse...

Vergonha o que a Junta e o Senhor Ingenheiro fizeram à nossa carismática fonte.

Anónimo disse...

Desculpem o meu comentário não tem a ver com a postagem é para dizer que Deus existe!
Desde Maio em minha casa vive-se um inferno devido a um problema, esta manhã desesperado entrei na Igreja, recordei a minha catequista quando falava na Nossa Senhora das Graças, cansado com as lágrimas nos olhos pedi com muita fé que resolvesse o meu caso, mas tive medo de ofender os outros Santos da Igreja e acrescentei Nossa Senhora e todos os Santos e Anjos evocados nesta Igreja, sai desesperado dizendo-me é impossivel resolver este assunto, não é Deus ouviu-me por intremédio da sua Mãe, Santos e Anjos às cinco e meia tinha o meu caso resolvido e vim contalo aqui porque andamos por ai esquecemos rezar mas a reza com fé ajuda. Obrigada á Nossa Senhora e aos Santos que ajudaram.
Pedro.

Anónimo disse...

Agora é que a fonte está bonita, mal tratada e mal frequentada. As escadas e a rampa também são peculiares, com uma dimensão descomunal, para ir ter àquele largozito da fonte. Esse passeio que mostram na foto com o poste diz tudo! Um invisual ou alguém na cadeira de rodas vem a descer e pimba! Bate no poste... de que serve essa rampa e essas escadas enormes se os passeios onde mais gente anda são estreitos?


Atónito

Anónimo disse...

Meus caros Bloguistas
Há tempo não ia à nossa "Fonte", recordei quando ia lá em miúdo nas noites de S.João acompanhado pela minha família, já homem recordo as vozes lindas da D. Celeste de Matos e D. Maria de Matos Casanova a cantar: "S. João adormeceu, no colo de sua Tia, acorda João acorda que amanhã é o teu dia!
S.João perdeu a capa, a caminho do estudo, juntem-se as moças todas, comprem-lhe uma de veludo!"
Recordo que nesta noite ninguém ficava em casa até as Senhoras Beatas, tais como Donas Manuelas, Vianas, Ramos e todas as outras,tal como as jovens saiam da reza na Igreja e iam à Rua da Fonte.
Se esta gente que cantou a Fonte e viveu a noite de S. João cá voltasse morria de vergonha pela falta de respeito pela "Água" que diziam ser abençada por S.João a partir da meia-noite.
Theotónio.

Anónimo disse...

Caros Amigos
O grande Padre António Vieira dizia:" Tudo passa para o tempo, nada passa para a Glória", a nossa "Fonte" passou para o tempo, resta na memória das várias gerações que ainda existem embora de formas diferentes, na minha geração deve perdurar especialmente pelas aulas em casa da Senhora D. Maria Otília, nossa professora da terceira e quarta classe, aulas essas de manhã porque na escola tinhamos o turno da tarde, e outras vezes nas proximidades dos exames após a hora de saída da escola.
Eu recordo a rua por dois motivos muito especiais além das aulas, das bincadeiras junto à Fonte com as minhas colegas, recordo uma enorme tareia que levei, por ter a hora de entrada marcada para as nove horas e meia, porém a D. Maria Otília estava adoentada e só entramos cerca das onze, alguém contou em minha casa que me viu a brincar na rua, apanhei uma valente tareia, que me doeu bastante, irritou a professora e mãe da senhora ficou furiosa pela injustiça com que fui tratada.
Com muita emoção lembro quando fui mostrar a "Fonte" à Teresa que veio passar férias nas imediações da minha casa, ela em camisa de noite e eu de pijama, pusemos todos aflitos sem saberem de nós, depois de muito procurarem encontraram um Lavrador que vinha da serra sentiu sede foi beber, perguntaram-lhe se nos tinha visto disse:
Vi uma menina com uma saia comprida e um menino, a andar no muro da Rua da Fonte...
Realmente foi uma aventura muito grande, até passei por ser menino numa altura em que as meninas usavam pijama, mas não usavam calças, belos tempos.
Mirrósa

Anónimo disse...

A Fonte, a Rua da Fonte passaram para o tempo, tudo o que de belo nela existia morreu, morreu a Loja da Menina Tomásia Barreiros e da sobrinha Menina Silvina, morreu o relinchar dos cavalos e burros enquanto esperavam pelas ferraduras na oficina do Senhor João e filhos, descíamos essa Rua ao som do martelar do ferro, e das cantigas da taberna do Senhor José Paulino.
Mais abaixo era o burburinho da tasca do Senhor Regedor, nesta terra tudo se perdeu, perderam-se lojas lindas, a Farmácia Lança local onde se compravam medicamentos, ainda recordo a milagrosa "Tintura de Mostarda" óptima para curar as gripes e além disso era local de reunião dos idosos e médico, tal como o era a loja do Senhor João Pedro da Costa, mais tarde do Senhor Piegas e Filho.
Perdeu-se a oficina do Senhor José Rodrigues e a alegria da pequenada quando eles iam levar as enormes circunferêcias de ferro para o Senhor Francisco da Piedade colocar nas rodas das carretas.
Perderam-se as olarias dos Senhores Louçãs e uma na rua das Lojas.
Perderam as famosas tecedeiras, D.Maria Antónia Alves e Maria José etc, as costureiras a D. Alice sempre com muitas aprendisas, dos sapateiros resta um.
Perderam-se os alfaiates.
Perdeu-se um forno de telha, cerâmica.
Resta o Café do Bolinhas, as tabernas antigas morreram, ai se apanhavam pielas, mas convivia-se também alegre, respeitosamente e onde se faziam grandes negócios de gado, cortiça.
Perderam-se pequenas carpintarias.
Hoje o que resta?
Nada, meninos cansados da escola, mãos vazias sem oficio nem beneficio a deambular muitas vezes nas sendas da corrupção se tivessem as mãos ocupadas nos ofícios que tinham os antigos talvez a nossa sociedade fosse mais feliz e neste momento enfrentasse melhor as dificuldades que estão a assolar o nosso País.
Jonas

Anónimo disse...

Caro Senhor Jonas! Não sei quem é, mas quero dizer-lhe que ao ler as suas palavras arrepiei-me! Vivo aqui nesta terra há quarenta anos, como tal ainda conheci algumas coisas das quais fala. Sinceramente tenho saudades!...Saudades até de passar na rua e falar a todos como se fossem da família. Hoje não se dá valor a isso. Pode ser que um dia tudo mude. Só tenho pena que nesse dia já cá não devo estar.

Alentejana desiludida

Anónimo disse...

Foi-se a fone e por vezes apetece-me dizer, BEM FEITA, pois toda a gente fala e se queixa, mas alguém faz algo contra? Alguem se impoe? No passado certamente não seria assim.

Fico estupefacto de falarem de tanta coisa e ninguém nunca comentar a pequena ponte romana de S.Teotónio que quase practicamente não existe hoje em dia, brinquei la´tanto na minha infancia!!!

Anónimo disse...

Caro Amigo
Aqui há uma falta de bairrismo e um desinteresse pela história da nossa terra vergonhoso...

Anónimo disse...

Enquanto as pessoas tiverem medo de melindrar os senhores presidentes de Junta e de Camâra e outros que tais, vai continuar btudo como está.Podem ver tudo mal mas não dizem nada na cara porque os "Senhores" depois ficam xateados e lá se vai a amizade com o Senhor Presidente que é muito importante.Até quando este povo se vai calar a tudo? Terá que haver outra revolução dos cravos? Esta agora deve ser de espinhos.Enfim,cada povo tem aquilo que merece.Continuem a calar-se que vão longe...
Não sou anónimo, pois sou bem conhecido por reclamar a toda a hora e por tudo o que vejo mal feito. Deve ser por isso que não me dou com as altas personalidades, que nem bom dia me dizem. Mas juro que não me calarei nunca.

Anónimo disse...

As altas personalidades da terra estão tão vaidosas que nem falam às pessoas que sempre lhes deram um sorriso desde crianças e aliás aos pais e avós isto à excepção do Senhor Presidente da Junta esse sempre me cumprimenta com um sorriso simpático.
Francamente conheci presidentes na nossa terra só comparo alguns dos senhores e senhoras destes ultimos
tempos com um certo senhor Júlio do tempo do facismo que parecia ter o rei na barriga, bem espero que não volte a Pide porque se voltar as arrogâncias que por vejo hão-de fazer o mesmo que esse senhor ameaçar com ela.
Jonas

Anónimo disse...

Jonas esse senhor facista, era elegante, altivo, inteligente, tinha um bom discurso, lembras um desgraçado que um dia lhe respondeu à letra o que lhe aconteceu?
Não o prenderam graças Senhor Major Freire que estava a falar comigo no Quintalão e foi imediatamente a Odemira salvar o pobre moço, fui também gostei de ver como ele defendeu o rapaz.
Hoje não precisa de voltar a Pide, por todo o País há formas de prejudicar aqueles de quem não se gosta...
Theotónio

Anónimo disse...

Sao teotónio pode ter os seus defeitos mas é uma grande terra e ninguem realca o facto de ser a maior freguesia da europa!!!

NOCA disse...

Gostei muito de ler todos os comentários e concordo com quase todos. Só lamento que sejam todos anónimos. Um comentador(a) dizia que tinha saudade do tempo em que todos se cumprimentavam, e era lindo.
Também eu recordo alguns aspetos da nossa maior freguesia da Europa,(eu diria que é a maior freguesia, do maior concelho, do maior distrito, do país mais pobre da Europa), e junto ao ferrador de equídeos e asininos, Sr João da Cruz, o ferrador de bois, os Irmãos Serralheiros, na Rua 5 de Outubro a que alguns chamam Rua da Fonte. Lembro-me de bater o ferro juntamente com o Batista, irmão do António Serralheiro que foi Regedor quando eu fui para a tropa e queria que me apresentasse na regedoria quando vinha de licença: outros tempos!
Amigos conterrâneos orgulhem-se da vossa terra e das gentes que a povoam: nós somos únicos - "São Teotónio nã drome"!
NOCA ANCampos

Anónimo disse...

São teotónio nã drome!!!